O Bosque dos Jequitibás pode ser considerado um dos principais pontos turísticos da cidade, é freqüentado de acordo com as necessidades dos cidadãos, seja por vontade de lazer, descanso, excursões ou até mesmo curiosidades.
Situado no centro da cidade de Campinas, em área totalmente urbanizada, o Bosque, de aproximadamente 10 ha., remanescente da flora original da região, permanece pouco alterado em sua composição arbórea, apesar da introdução de outras espécies vegetais.
É uma reserva natural, com muito ar puro e ligado ao meio ambiente e a cultura. Foi aberto à visitação pela primeira vez no ano de 1888 quando seu proprietário, Francisco Bueno de Miranda resolveu transformar parte de sua propriedade em espaço público, um ponto de recreio para a população.
Francisco Bueno de Miranda |
As primeiras intervenções foram a inauguração de um lago artificial, o “Lago da Prata”, e um botequim. Posteriormente, o Bosque recebeu um “Chalet” restaurante, um pavilhão e uma “casa de banhos” (sanitários) na intenção de conferir ao espaço o mesmo estilo de “jardim inglês” que inspirou alguns anos o “Jardim Público” (Centro de Convivência).
Mas, de maneira especial, o “Bosque dos Jequitibás” pretendia atrair famílias campineiras para um local de refúgio de aspecto rústico de forma a aliar a diversão e o descanso.
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Bosque dos Jequitibás - Entrada na década 1940. |
No começo a visitação do local e sua divulgação não foram fáceis e nem de muito sucesso. Diante disso, em busca da popularização do local, o proprietário propôs sua venda à prefeitura da cidade em busca de melhorias. Já com muito sucesso, em 1915 após a compra do Bosque, a prefeitura campineira executou algumas obras para sua melhoria: calçamento das vias de acesso, o Museu de História Natural, restaurante e atividades que complementavam a atividade de lazer do ambiente.
Porém, em 1970, o Bosque dos Jequitibás foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico e iniciou nova fase de reformulação de seu espaço, onde ocorreu uma renovação do espaço e idéias novas para renovar.
1970 |
Assim deu-se início ao Teatro Carlos Maia que hoje em dia é uma atração bem freqüentada por crianças de todas as idades, focando o divertimento e a cultura, como foi citado no começo da apresentação. Nos dias de hoje, mesmo com as pessoas tendo acesso ao local, cabe ressaltar que não são todas que preservam o ambiente. Muitos visitantes não se dão conta do que se passa adentro, seja na parte de preservar o local, lixos recicláveis, valorização com os próprios animais, etc.
Na atualidade, o Bosque conta com dois alqueires de reserva florestal, um zoológico e atrações (museu, aquário, teatro) que, em muitos aspectos, continuam a oferecer a mesma concepção de lazer assumida em sua origem. Talvez seja por isso que o Bosque permanece presente no cotidiano e no imaginário dos moradores da cidade.
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